O jornal britânico Financial Times afirma que no Congresso brasileiro "a raposa está frequentemente cuidando do galinheiro".
Entre as supostas ''raposas'' citadas pelo diário, estão o deputado e
pastor evangélico, Marcos Feliciano, que preside a Comissão de Direitos
Humanos do Congresso e que fez uma série de comentários racistas e
homofóbicos, o novo presidente da Comissão de Finanças e Tributação,
João Magalhães, que está respondendo a processo no STF que o acusa de
corrupção, os petistas José Genoino e João Paulo Cunha, condenados no
processo do mensalão e que integram a Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania e Blairo Maggi, atual líder da Comissão do Senado para o Meio
Ambiente e um dos maiores produtores mundiais de soja.
Ailton de Freitas - 14.mar.13/Folhapress |
Deputado Marco Feliciano (PSC-SP); protestos cobram sua saída de cargo em Comissão dos Direitos Humanos da Câmara |
Segundo o jornal, o Congresso "é refém de diversos grupos de interesse que podem mudar suas alianças a qualquer momento".
De acordo com o Financial Times, as comissões brasileiras, ainda que sem
dispor de um poder remotamente comparável ao das comissões do Congresso
americano, ''são simbólicas dos poderosos grupos de interesse que atuam
na política brasileira, comuns a todos os partidos".
É por esse motivo, acrescenta o jornal, "que os presidentes brasileiros
normalmente tentam incluir o máximo possível de partidos em seus
ministérios''.
Mas o diário comenta que ainda assim a presidente Dilma Rousseff não consegue assegurar "a lealdade do Congresso".
O diário lista como derrotas da presidente no Congresso, a tentativa de
aprovar um "Código Florestal mais simpático ao meio ambiente'', que
acabou sendo frustrada pelo bloco ruralista, e a ''batalha que ela
perdeu'' pela distribuição igualitária de royalties do petróleo entre os
Estados, com "os congressistas votando de acordo com suas interesses
regionais".
Na Folha de 12 de abril de 2013.
Na Folha de 12 de abril de 2013.
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