quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Mais um Time desiste de Contratar o Ex-goleiro e Assassino Condenado de Eliza Samudio





Quer voltar a trabalhar? Que volte.
Mas, por quê precisa ser como goleiro? Ao que parece até hoje, não "caiu a ficha" de que independente de pagar sua pena ou de realmente ter se arrependido do que fez, perdeu o direito de ser visto como exemplo.
Jogador de futebol, ator, político, pessoas públicas em geral precisam ter compromisso com a imagem que oferecem a sociedade. São exemplo pra quem os segue. Servem de modelo e exemplo para uma juventude tão carente de cidadãos que sirvam de referência.
Sua atitude foi covarde, machista e desumana.
Pode voltar a trabalhar, Bruno. Acredito na sua remissão.
Mas, como jogador, não!
#futebolsemmachismo
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Entenda:
https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2020/01/23/querem-ele-morto-diz-advogada-de-bruno-apos-operario-desistir-de-negocio.htm

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

A TÉCNICA DA HUMANIZAÇÃO







Bolsonaro é racista, é machista, homofóbico e misógino. E assume isso. Sem vergonha alguma.
Tenho minhas críticas e duras ao PSOL, mas Marielle Franco não era uma simples vereadora. Ela era vereadora e pronto. Da mesma forma que o filho do presidente é. Com uma pequena diferença: além do trabalho em comunidades mais pobres, ela como assessora parlamentar na Assembleia do RJ, fez o atendimento na comissão de Direitos Humanos às famílias sabe de quem? Das famílias de policiais mortos nos confrontos do Rio. Vou repetir: famílias de policiais que tinham dificuldade de serem assistidas pelo estado corrompido fluminense.
E isso não tinha destaque na imprensa. Passava desapercebido. Mata-la só trouxe o assunto para discussão. Morta, se tornou maior do que era.
Por que foi morta? Ao que tudo indica foi morta pelo confronto aberto nessas comunidades com as milícias. Organizações que traficam, exploram o jogo, roubam energia, abastecimento de água e gás e fazem extorsão da população. E de quebra, corrompem as polícias e os políticos.
A família Bolsonaro está envolvida na morte dela? Não se pode afirmar isso. Mas, com toda a certeza, estão ligados ao meio que encomendou o assassinato. E sem essa de que você pode conhecer alguém e não saber o que a pessoa faz. As pessoas que provam essa ligação entre a família Bolsonaro e as milícias são claramente ativas nesse meio, sem se esconderem. A ponto de Bolsonaro e os filhos serem notórios defensores da LEGALIZAÇÃO das milícias no Rio, a ponto de homenagearem milicianos, de empregarem milicianos e parentes de milicianos.
Reitero, não se pode dizer que a família Bolsonaro está ligada a morte da Vereadora, mas estão ligados intimamente ao grupo que mandou matar.
Ninguém está desumanizando Bolsonaro. Não precisa.


Texto em resposta ao texto "A técnica da Desumanização" supostamente de Guillermo Federico Piacesi Ramos, quem vem circulando nas redes sociais. Deixei disponível no primeiro comentário deste texto, aqui no blog.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Agora que caiu o Bebianno, como fica o Marcelo Álvaro Antônio, o outro ministro do Laranjal de Bolsonaro?


Após a divulgação dos áudios que mostraram que o presidente mentiu ao dizer que não conversava com o ministro de que deveria ser seu braço direito, voltamos a tratar no Ministro, Deputado Federal mineiro mais votado, Marcelo Álvaro Antônio.
O ministro-deputado presidia o partido em Minas e jurou de pés juntos que nada sabe sobre as doações do partido para candidaturas femininas que quase não tiveram votos e levantam suspeitas sobre o desvio de recursos do fundo especial eleitoral.
E agora, ministro? Você realmente não sabe nada das contas do partido que você presidia durante às eleições de 2018?
Ao menos, não dá para dizer que  não conhecia a candidata.




sexta-feira, 30 de novembro de 2018

SETRA VAI PEDIR AUMENTO DA PASSAGEM EM BELO HORIZONTE



O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de BH deve pedir para que o Prefeito Alexandre Kalil, aumente as passagens de ônibus na capital neste fim de ano. Alegam perdas com a inflação e efeitos do preço dos combustíveis.
Até hoje não se tem uma resposta sobre a auditoria contratada para demonstrar a composição dos preços que compõe as passagens.
Quase dois anos depois, esse valor ainda não parece ser extremamente caro para uma passagem de ônibus?

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Senadores de Minas Gerais votaram a favor do aumento do salário dos Ministros do STF



Por 41 votos a favor, 16 contra e uma abstenção, nessa quarta-feira (07/11/2018), o Senado Federal, aprovou o aumento do salário dos Ministros do STF, a corte mais alta do país. Com o reajuste, os subsídios dos magistrados passarão de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.
Os representantes de Minas Gerais no Senado, Aécio Neves (PSDB), Antonio Anastasia (PSDB) e Zezé Perrela (MDB) votaram a favor do aumento de 16,3%.

Segundo estimativa da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado, formalizada em nota técnica divulgada quarta-feira (8), o impacto do aumento será de pelo menos R$ 5,3 bilhões anuais no orçamento da União, levando-se em conta o “efeito cascata”. Já consultorias da Câmara apontam que o reajuste poderá causar um impacto de R$ 4 bilhões nas contas públicas.

Lamentável a postura dos três Senadores que representam o povo de Minas Gerais no Senado.
Parece que não entenderam o por quê da rejeição das urnas.

Aí perguntamos: Para que serve o Senado Federal? Ou melhor,  a quem serve?
Precisamos de Senadores, que nada mais são que Deputados de Luxo?

E parabéns aos que se posicionaram contra essa ofensa a população assalariada brasileira e que custeia essa farra.

Confira como votou cada Senador, representando seu Estado:


A FAVOR DO AUMENTO:

- Acir Gurgacz (PDT-RO)
- Aécio Neves (PSDB-MG)
- Ângela Portela (PDT-RR)
- Antonio Anastasia (PSDB-MG)
- Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
- Armando Monteiro (PTB-PR)
- Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
- Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
- Cidinho Santos (PR-MT)
- Ciro Nogueira (PP-PI)
- Dalírio Beber (PSDB-SC)
- Davi Alcolumbre (DEM-AP)
- Edison Lobão (MDB-MA)
- Eduardo Amorim (PSDB-SE)
- Eduardo Braga (MDB-AM)
- Eduardo Lopes (PRB-RJ)
- Fernando Coelho Bezerra (MDB-PE)
- Garibaldi Alves Filho (MDB-RN)
- Hélio José (Pros-DF)
- Ivo Cassol (PP-RO)
- Jorge Viana (PT-AC)
- José Agripino (DEM-RN)
- José Amauri (Podemos-PI)
- José Medeiros (Podemos-MT)
- José Serra (PSDB-SP)
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Paulo Bauer (PSDB-SC)
- Paulo Rocha (PT-PA)
- Raimundo Lira (PSD-PB)
- Renan Calheiros (MDB-AL)
- Roberto Rocha (PSDB-MA)
- Romero Jucá (MDB-RR)
- Rose de Freitas (Podemos-ES)
- Sérgio Petecão (PSD-AC)
- Tasso Jereissati (PSDB-CE)
- Telmário Mota (PTB-RR)
- Valdir Raupp (MDB-TO)
- Vicentinho Alves (PR-TO)
- Walter Pinheiro (sem partido-BA)
- Wellington Fagundes (PR-MT)
- Zezé Perrela (MDB-MG)

CONTRA O AUMENTO:

- Airton Sandoval (MDB-SP)
- Cristovam Buarque (PPS-DF)
- Fátima Bezerra (PT-RN)
- Givago Tenório (PP-AL)
- José Pimentel (PT-CE)
- Lídice da Mata (PSB-BA)
- Lúcia Vânia (PSB-GO)
- Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
- Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
- Regina Sousa (PT-PI)
- Reguffe (sem partido-DF)
- Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
- Roberto Requião (MDB-PR)
- Ronaldo Caiado (DEM-GO)
- Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
- Wilder Morais (DEM-GO)

ABSTENÇÃO:

- José Maranhão (MDB-PB)


quarta-feira, 12 de abril de 2017

Partidos e políticos são imprescindíveis


Publicado na Folha em 12 de Abril de 2017.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/04/1874839-partidos-e-politicos-sao-imprescindiveis-diz-wanderley-reis.shtml
Clique na foto para ser direcionado para página da entrevista

O cientista político Fabio Wanderley Reis está preocupado com o "clima antipolítico" gerado pela profusão de abertura de inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) contra ministros, senadores, deputados e governadores autorizada pelo ministro Edson Fachin.
Em sua avaliação, o processo é "muito negativo" para o sistema político brasileiro, por colocar sob suspeita a própria existência dos partidos.
"Não podemos prescindir dos políticos e dos partidos. Não existem alternativas reais a não ser que abdiquemos de fazer democracia", disse Reis à Folha. A seguir, trechos da entrevista.
*
Folha - Qual é o impacto das aberturas de inquéritos para o sistema político brasileiro?
Fabio Wanderley Reis - O impacto imediato é muito negativo, porque instaurou um clima amplamente antipolítico no país. A Operação Lava Jato vem sendo conduzida de uma maneira que coloca em suspeição a vida política.
Existe a perspectiva de um ganho mais profundo ao apurar crimes contra gente que normalmente tende a ficar impune. Mas ainda não está claro se vamos chegar a esse saldo positivo.
O sr. diz que a Lava Jato coloca em suspeição a atividade política, mas as investigações efetivamente demonstram uma corrupção disseminada.
O problema é que não podemos prescindir dos políticos e dos partidos. Não existem alternativas reais a menos que abdiquemos de fazer democracia e comecemos a acreditar, a exemplo do que certos extremistas sustentam, que devemos passar o comando para os militares.
Não sou contra punir a corrupção. O desejável seria que pudéssemos separar o joio do trigo, punindo os corruptos, mas reconhecendo os partidos como algo indispensável.
Em nome de preservar a soberania popular, não podemos deixar cada um por si só. O indivíduo isolado não pode ser o protagonista da política.
Qual o principal problema gerado pelo clima antipolítico?
O principal problema é a incerteza. Criar instituições que funcionem estavelmente de maneira democrática já é um grande desafio. Torna-se ainda mais difícil se colocarmos em suspeição a atividade política, sem a qual não vamos poder administrar o país. Você destrói tudo sem colocar nada no lugar.
Qual é a alternativa real? Não é liquidando os partidos e desmoralizando a própria ideia da existência de partidos que vamos resolver a situação. Parte do problema vem desse enfrentamento odiento entre PT e PSDB que já ocorre há tempos, principalmente na disputa pela Presidência, mas que agora ganhou proporções inéditas.
Nunca tivemos algo parecido com o ódio que vivemos neste momento. Nem mesmo na mobilização anticomunista que culminou no golpe de 1964. A relação desse ódio com a Lava Jato é inequívoca.
Existe hoje o risco de uma ruptura institucional tão forte quanto quanto a que ocorreu em 1964?
É difícil dizer. Não há sinais de que vamos transitar nessa direção num futuro próximo. Até onde sabemos, as Forças Armadas não têm se manifestado nesse sentido.
Mas, com o nível de incerteza que se criou, não dá para deixar de considerar essa possibilidade. As coisas estão suficientemente mal paradas para que isso emerja como possibilidade real.
Como isso vai acabar? Nós vamos ficar esperando a Lava Jato e seus numerosos desdobramentos? Como vai ser o processo eleitoral que teremos daqui para frente?
Como vamos construir partidos consistentes com essa caça desabrida a corruptos em que se transformou a política nacional? É desalentador.
Esse clima de descrença na política pode impulsionar candidaturas de salvadores da pátria em 2018? Pode favorecer, por exemplo, o deputado Jair Bolsonaro?
Acho que sim. Já tem ocorrido um apoio surpreendente para essas figuras. Isso surge com um subproduto da psicologia odienta que estamos vivendo e do clima exageradamente purista em relação à política. Acabamos compondo um caldo de cultura com vários aspectos negativos.
Como reconstruir os partidos sem dar um aval implícito à corrupção?
A maior dificuldade é que você não faz partido sem um processo sociologicamente complicado e viscoso. Veja o exemplo do PT, que foi a grande novidade entre os partidos políticos brasileiros.
Prometia ser consistente, com uma retórica ideológica, com compromissos sociais, que teve uma atuação significativa, com impactos de distribuição de renda.
Tinha a vantagem de misturar esse acervo de consistência com o fato de ser atraente de um ponto de vista até populista por conta da atração popular exercida pela figura do Lula.
Mas o PT foi atingido porque repetiu práticas corruptas que ele mesmo atacava.
É bom recordar que, quando o PT tinha um discurso radical e não estava com o carimbo de corrupção na testa, o que se demandava é que o partido fosse realista.
A sociedade pedia ao PT que mitigasse o discurso radical e tratasse de compor com o jogo da política. Então, o PT para administrar se compôs com o PMDB, como o PSDB também fez.
O problema é que, quando cobramos realismo,fica difícil estabelecer limites. Vamos comprar apoio de deputados para aprovar projetos? Onde é que para? E isso ocorreu com todos os partidos.
Que tipo de reforma política o Brasil deveria buscar para resolver essa situação?
Precisamos tentar ter um financiamento público de campanha combinado com o privado, expurgando aspectos complicados desse último.
Ficou patente que o financiamento privado sem limites leva empresas a comprar por atacado sucessivos governos, influenciando na aprovação de medidas provisórias.
Logo, precisamos do financiamento privado de maneira adequada, por exemplo, feito pelos cidadãos individuais e autorizando limites fixados em termos absolutos.
Também é preciso aliar essas medidas ao fortalecimento da Justiça Eleitoral, para o qual o voto em lista seria muito importante. Em vez de controlar o voto em cada candidato, a Justiça teria que supervisionar o voto num partido.
O senhor é favorável ao voto em lista? Existe clima para isso hoje no Brasil?
O voto em lista é adotado em vários países e é muito importante para a consolidação dos partidos. É claro que isso pode ser criticado se cair nas oligarquias partidárias. Mas você pode criar legislações que democratizem a atividade partidária como, por exemplo, obrigando a realizar convenções para escolher os candidatos.
A grande dificuldade dessa alternativa é que ela está desacreditada, porque a imprensa em peso e pessoas respeitáveis entendem de maneira equivocada a atividade política e a atividade partidária em particular. No momento, a situação é muito complicada. Reconheço que é difícil vender esse peixe.
Alguns especialistas já propuseram a criação de uma constituinte para a reforma política. Qual é a sua opinião?
Não sei se dá para começar do zero nesse clima. A própria criação da constituinte já envolveria um golpe de forças. Não temos respaldo legal para isso no momento.
O que a Constituição prevê se o governo Temer for caçado é eleição indireta no Congresso. Vamos cancelar isso e convocar uma constituinte? Quem tem autoridade para isso? O STF não tem competência para isso.